Como professor que quotidianamente estuda e ensina História, junto-me à Anabela Magalhães, ao Paulo Guinote e a todos os colegas desta e de outras disciplinas para assinalar, uma semana depois do bárbaro assassinato do professor francês Samuel Paty, a importância de conhecer, compreender e valorizar a História.
Em Portugal, julgo que nem eu nem qualquer dos meus colegas sentirá a vida em risco por abordar temas polémicos da História contemporânea ou no âmbito da agora muito falada Cidadania.
Por cá, a ameaça à disciplina e ao papel único e insubstituível que desempenha na formação de crianças e jovens vem sobretudo da irrelevância curricular a que vem sendo condenada, perdendo, em sucessivas reformas, revisões e autonomias curriculares, tempo para a sua leccionação.
De uma forma ou de outra, parece que a História incomoda: tanto aos que a querem reduzir a uma fastidiosa sucessão de factos, datas e personagens, como aos que nela vêem uma ameaça à afirmação dos seus dogmas. A verdade é que, entre o pensamento único da cartilha neoliberal – que chegou a ter a ousadia de, pela voz de Fukuyama, proclamar o fim da História – e a afirmação de novos e velhos fundamentalismos, a importância da História para nos ajudar a compreender o mundo em que vivemos é maior do que nunca.
Sim, a História importa!
Subscrevo tudo.
Juntos somos mais fortes.
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Obrigado, Anabela, e parabéns pela iniciativa.
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