A pergunta, já a fazia o grande Camilo, quando assim intitulou o seu primeiro grande romance. A bem dizer, a procura da felicidade tem sido, desde sempre, um dos grandes desígnios da humanidade. Gostamos das pessoas, dos ambientes, das situações que nos dispõem bem e nos fazem felizes; evitamos o que nos causa stress, insatisfação, tristeza.
O que é duvidoso é que um estado de felicidade perpétua ou permanente possa existir na vida de todos nós: o que temos, ou tentamos ter ao longo da nossa vida, são momentos de felicidade. Mas terá mesmo de ser assim?…
Ali para os lados de Alcanena, uma das directoras favoritas do ministro João Costa parece ter descoberto a fórmula da felicidade, que diligentemente aplica aos seus alunos. Não revela o segredo, que os eduqueses não gostam de ver os seus créditos por mãos alheias, mas a reportagem lá vai desvendando alguns ingredientes: um termómetro da felicidade, o que quer que isso seja, alimentado por sensores, cubos mágicos, neurociências, caridadezinha. Misture-se tudo e apimente-se a mixórdia, como não poderia deixar de ser nos tempos que correm, com uma pitada de inteligência artificial.
Enfim, homeopatia educativa, servida a contento em visita ministerial, com a doutora Cohen como mestre de cerimónias. Saia então a foto da praxe e digam lá se não estão os dois bem um para o outro…