O relatório detalha que os crimes mais frequentes incluem agressões físicas, ameaças, injúrias e furtos. Foram registadas 2065 ofensas à integridade física, 1313 casos de injúrias e ameaças, e 943 furtos, além de incidentes mais graves como oito ameaças de bomba, 84 casos de posse ou uso de armas, 300 atos de vandalismo, 157 ofensas sexuais e 178 situações de consumo de drogas. As regiões de Lisboa, Porto e Setúbal concentraram mais da metade das ocorrências, enquanto a Madeira registou o menor número de crimes relacionados com escolas.
O problema, que muita gente responsável finge não ver, existe há muitos anos. E não é pelo facto de a grande maioria dos estabelecimentos escolares serem lugares seguros que devemos ignorar a outra face da realidade: determinadas escolas e contextos educativos assentam em autênticos barris de pólvora, onde a qualquer momento a indisciplina grave e a violência escolar podem irromper.
Isto não é ser demagogo, nem fazer o jogo de uma extrema-direita hábil no aproveitamento político destas situações: trata-se de reconhecer que a violência existe na sociedade e que as escolas não são ilhas isoladas do meio envolvente. Se o quotidiano de violência e negligência, as famílias desestruturadas, a falta de referências e valores ou as más influências dos pares abrem precocemente, a alguns alunos, os caminhos da indisciplina ou da violência disruptiva, é na escola que pelo menos uma parte desse turbilhão virá desaguar. Se escassearem os recursos materiais e humanos para uma resposta adequada aos problemas, pior ainda.
Como o Relatório de Segurança Interna enfatiza, não é apenas nas escolas que nos estamos a tornar uma sociedade menos segura. A criminalidade tende a aumentar em todo o país e em variados tipos de crime, sendo esta uma realidade complexa que precisa de ser compreendida, prevenida e combatida em diversas frentes. Falar-se abertamente da criminalidade e de tudo o que a fomenta, sem alarmismos mas com verdade e rigor, será um primeiro passo para enfrentar e combater o problema real que temos à nossa volta.
Escola Portuguesa 
Mandem-nos para o serviço militar como sugeriu o ministro da Defesa Nuno Melo, também já conhecido pelo ministro do apoio reforçado ao Tratado do Atlético Norte!!
GostarGostar