Dito e feito!

A Câmara Municipal de Oeiras (CMO) inaugurou, esta quinta-feira, 2 de maio, um novo alojamento destinado a professores deslocados, localizado na Rua da Fundição de Oeiras. Assim, passam a existir 13 quartos destinados ao alojamento de professores deslocados.

Na inauguração do alojamento da Rua da Fundição de Oeiras, esteve presente o presidente da CMO, Isaltino Morais, que referiu que a entrega destas casas “é um bom exemplo”. “Esta obra, na verdade, consistiu na adaptação do imóvel e visa acomodar professores que ensinam nas escolas do nosso concelho”, vincou o autarca, lembrando que é fundamental que as autarquias e os organismos públicos ajudem a resolver o problema da habitação através da construção de casas públicas.

“Temos, neste momento, um programa de construção de cerca de duas mil casas”, lembrou Isaltino Morais, acrescentando que este é um programa que representa um investimento de 400 milhões de euros, com recursos a fundos do PRR e que “uma parte já está contratualizada e outra em vias de contratualização”. “No caso de Oeiras, vamos realizar no mínimo 10% do PRR e 12% do PRR Habitação. Bastaria que houvesse mais 20 municípios como Oeiras e estava o problema resolvido”.

Muito tem sido dito e escrito acerca dos custos incomportáveis do alojamento na Grande Lisboa para professores e outros quadros da administração pública deslocados de outras regiões. Mas enquanto a maioria das entidades públicas, sejam autarquias ou administração central, não passam da conversa de circunstância ou promessas vagas, adiando investimentos ou empurrando as responsabilidades de umas para as outras, há aquelas que, como a Câmara de Oeiras, metem mãos à obra e apresentam serviço.

Aqui, pouco importa que a autarquia em causa seja dirigida por Isaltino Morais, um homem que já em tempos foi condenado e cumpriu pena de prisão por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. Continua a ter a confiança dos munícipes de um concelho com um dos maiores níveis de rendimento e escolarização do país, que o reelegeram em sucessivas eleições, o que significa que muitas coisas, em prol do concelho e dos seus habitantes, terá feito bem. Esta é uma delas.

Na verdade, serve de muito pouco que os homens sérios da política – que também os há – verberem os comportamentos dos populistas, dos trafulhas, dos oportunistas, se não conseguem, eles próprios, fazer melhor do que aqueles que criticam. O “rouba mas faz” disseminado pelas autarquias ou os 50 deputados cheganos no Parlamento não aparecem do nada…

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