Sono a menos

Menos horas de sono do que o recomendável parece ser o preço a pagar pela popularidade nas redes sociais. São sobretudo as raparigas que investem mais na sua rede de seguidores virtuais que se ressentem em horas de sono perdidas. Será não só o tempo de selecionar e preparar os posts mas também a ansiedade em torno das visualizações e das reacções obtidas.

O que o estudo agora divulgado parece indicar é que não é tanto o número elevado de seguidores que causa pressão psicológica sobre as adolescentes, mas sim a relação que com eles procuram estabelecer: a popularidade nas redes sociais é o caminho que permite alcançar o estatuto de influenciador digital, que parece ser objectivo de um número significativo de raparigas, quer por vontade própria quer por influência de pressões e expectativas sociais.

Perante esta realidade, vão-se sucedendo os apelos ao uso regrado das redes sociais por adolescentes, evitando exercícios de auto-exposição fútil e por vezes contraproducente, bem como um maior controlo por parte dos pais desta actividade. Apelos que caem muitas vezes em saco roto, o que leva os mais radicais a defender, como também já se tem lido e ouvido, ao aumento da idade mínima de admissão nas redes sociais…

Estudo sueco e australiano cruzou dados de alunos nas escolas, projeção nas redes sociais e horas de sono. E concluiu que ser-se fixe na escola pode ser afinal mau para o descanso, em particular no caso das meninas

Um adolescente mais ‘cool’ e popular na escola pode dormir menos meia hora de sono por noite em tempo de escola do que em comparação com todos os outros que registam menos interações nas redes sociais. Contas feitas, ao fim de cinco dias de aulas, são duas horas e meia a menos de descanso.

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