Violência escolar no Parlamento

A Comissão de Educação e Ciência aprovou hoje um requerimento do Livre para ouvir no parlamento o ministro da Educação, Ciência e Inovação sobre maus tratos a crianças nas escolas.

Além do ministro Fernando Alexandre, os deputados querem ouvir também a presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, (CPCJ), a presidente da Direção da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) e o Presidente da Direção da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP).

O requerimento do Livre foi aprovado com o apoio do PS, Chega e Bloco de Esquerda (BE) e o voto contra do PSD, confirmou à Lusa fonte do partido.

Perante um tema que incómodo que, tantas vezes, se tenta empurrar para debaixo do tapete, é importante que um partido com assento parlamentar promova a sua discussão pública na casa da democracia.

Devem responsabilizar-se os responsáveis escolares pela promoção de ambientes seguros e inclusivos, onde se respeitem as diferenças e protejam os mais vulneráveis. Mas tenhamos a noção de que a escola não pode, sozinha, com os meios de que dispõe actualmente, resolver todos os problemas que uma sociedade violenta e exclusiva nela faz desaguar.

E evitem-se exercícios de demagogia. As escolas são, aliás, juntamente com as instituições de saúde – faça-se a justiça de o reconhecer – os locais onde mais se detectam e sinalizam situações de abuso, violência e maus tratos sobre crianças. Que não haja dúvidas: para a grande maioria das crianças maltratadas, a escola ainda é, apesar de tudo, um dos lugares mais seguros onde podem estar.

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