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O casamento do príncipe inglês, de manhã, e os mais recentes episódios da novela rasca protagonizada pelo ainda presidente do Sporting, à tarde, aliados à pouca simpatia de boa parte da comunicação social pela luta reivindicativa dos professores, roubaram mediatismo à grande manifestação dos docentes portugueses.
Que não sendo nem podendo ser comparável, em termos de adesão, às grandes manifestações de 2008 – até porque os professores no activo e em condições físicas de participar serão hoje cerca de dois terços dos que então existiam – ficará ainda assim como uma demonstração expressiva de determinação, unidade e vontade de ir à luta da parte dos professores.
A Fenprof fala em 50 mil participantes, um número talvez exagerado. Mas as imagens e vídeos já disponíveis não deixam dúvidas de que dezenas de milhares de professores estiveram presentes. E dos discursos dos sindicalistas que finalizaram o protesto ficou uma certeza: a luta continua!…
No final dos discursos dos secretários-gerais de várias organizações sindicais, entre os quais Mário Nogueira da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e João Dias da Silva da Federação Nacional da Educação (FNE), foi lida uma resolução que apresenta as reivindicações que levaram milhares de professores a sair hoje à rua em Lisboa, mas também na Madeira e nos Açores.
As organizações sindicais e ministro da educação, Tiago Brandão Rodrigues, têm uma reunião marcada para 4 de junho, data em que os sindicatos esperam ver cumpridas as suas reivindicações.
“Se tal não acontecer, os professores e educadores manifestam disponibilidade para continuar a luta, se necessário ainda no presente ano escolar”, conclui a resolução hoje aprovada por unanimidade.
A contagem integral do tempo de serviço para efeitos de carreira, um horário semanal de 35 horas efetivas e a aprovação de um regime específico de aposentação dos professores que comece a ser aplicado já no próximo ano são três das seis exigências definidas na resolução.
Os professores querem ainda que haja “reposição da legalidade nos concursos que estão a decorrer”, assim como sejam resolvidos os problemas de precariedade nas escolas com a abertura de vagas tendo em conta as necessidades reais dos estabelecimentos de ensino.
Finalmente, os docentes defendem que a generalização da flexibilidade curricular só deve ser feita depois de avaliada a experiência que está a ser feita este ano em cerca de 200 escolas.
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Nem 20 mil, infelizmente
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Olhe que não – aponte para
mais do dobro e já estará mais próximo…costumo ver pessoas sair de um estádio com capacidade para 50 mil…
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É impossível, em eventos desta dimensão, calcular com extremo rigor o número de manifestantes.
Ainda assim, e depois de ter visto as reportagens, vídeos e imagens que vão sendo divulgadas, creio que o número real não deve andar longe dos 50 mil avançados pela Fenprof…
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