Dinheiro deitado fora

As novas aulas da telescola, que têm estado no ar desde o início do novo ano letivo, não repetem o sucesso da primeira edição da iniciativa, e têm mantido o canal do grupo público durante a maior parte do dia com números residuais de audiência.

Nas 148 aulas emitidas desde setembro, a média não ultrapassa os 0%, e se formos olhar o detalhe, a aula mais vista desde o início do ano letivo teve um auditório de 16,8 mil espectadores. Esta terça (15), por exemplo, as disciplinas de Educação Artística, Educação Tecnológica, Português Língua Não Materna e Francês – 3.º Ciclo não tiveram qualquer espectador detectado pelos audímetros da GfK/CAEM.

Apoiei sem reservas a iniciativa de transmitir, durante o confinamento escolar, aulas televisivas para os diversos níveis de ensino. Não sendo a solução perfeita, o #EstudoEmCasa foi, na maioria das disciplinas, um complemento válido dos programas de ensino remoto de emergência criados pelas escolas, especialmente relevante nos casos em que o acesso à internet e a meios de comunicação síncrona entre alunos e professores era limitado ou inexistente.

No entanto, a partir do momento em que se definiu superiormente que o 2020/21 seria um ano lectivo presencial, em que as escolas se manteriam abertas a todo o custo e os eventuais confinamentos seriam sempre excepcionais e pelo menor tempo possível, deixou de fazer sentido insistir na programação de aulas pela televisão. Ainda para mais quando sabemos que o orçamento para a Educação continua a ser escasso e nem em tempo de pandemia se equacionou reforçar as verbas disponíveis ou acudir às verdadeiras prioridades do sector. Que nesta altura passam, essencialmente, por melhorar as condições em que se estuda e trabalha nas escolas.

Não sei se o que ditou a continuidade da telescola foi simples incompetência no planeamento do novo ano lectivo, cedência à inércia ou a um lobby recém-formado, expressão da eterna desconfiança em relação ao trabalho dos professores ou a aposta num trunfo mediático que no ano anterior trouxe alguns resultados positivos à imagem pública do ME. Em qualquer dos casos, as audiências nulas ou residuais dos programas confirmam o que era mais do que previsível desde o início: se os alunos têm escola presencial a tempo inteiro, não faz sentido propor-lhes mais do mesmo como trabalho de casa. Dinheiro deitado à rua, portanto.

Telescola 2.0

telescolaA telescola vai mesmo continuar por mais um ano letivo. A informação foi confirmada pelo Ministério da Educação, que decidiu alargar a oferta de conteúdos aos alunos do ensino secundário (10.º ao 12.º) na plataforma RTP Play, além das emissões regulares na RTP Memória, agora sem o 1.º e o 2.º anos, complementando o ensino presencial.

“As aulas, também na televisão, reforçarão a oferta educativa do ano letivo de 2020/2021, cujo arranque decorre entre 14 a 17 de setembro”, indicou o Ministério da Educação em comunicado esta quarta-feira, confirmando assim o que já tinha sido sinalizado pelo ECO a 22 de abril.

A nova telescola já não deverá estar tão vinculada à sequência dos conteúdos curriculares, assumindo-se mais como uma vertente de televisão cultural e educativa que os responsáveis da RTP pretendem desenvolver.

Abandona assim o apoio aos alunos mais novos e passa a dirigir-se também ao público escolar do ensino secundário.

Resta saber quantos alunos e professores estarão disponíveis, após um dia de trabalho na escola, presencial e a tempo inteiro, para se sentar frente à televisão a rever ou a aprofundar matérias.

Professores, estrelas televisivas?

rap-estudoemcasaO mediatismo que alguns professores da “telescola” adquiriram nos últimos tempos extravasou das aulas para a presença noutros programas televisivos e para o comentário na imprensa e nas redes sociais. E levou-me a escrever sobre o assunto no balanço da semana que faço habitualmente no blogue ComRegras. Este texto recupera e desenvolve o breve comentário que então fiz.

É tão invulgar a presença de professores do básico ou do secundário na televisão portuguesa que as emissões do “EstudoEmCasa teriam, forçosamente, de dar nisto: o cidadão comum apercebeu-se de que o ensino já não é hoje a tal escola retrógrada e parada no tempo que se tornou cliché de uns quantos charlatães da (semi)nova pedagogia. Afinal, parece que as aulas dos professores formados na “escola do século XX” podem ser dinâmicas, integrar recursos diversificados e recorrer às tecnologias. Os professores podem ser imaginativos e até divertidos, na constante busca de formas eficazes de ensinar e aprender. Mesmo que o ensino continue a ser directivo e expositivo, o que no caso da telescola é uma inevitabilidade, tendo em conta o carácter unidirecional da comunicação pelo meio televisivo.

O #EstudoEmCasa trouxe fama a alguns professores e deu-os a conhecer a outros públicos, além dos alunos da telescola. O caso mais notório foi o da dupla de professoras de Inglês que inventou uma espécie de rap para ensinar os meses do ano. O convite para irem a programas de entretenimento televisivo foi insistente, e as colegas acabaram decidir comparecer.

Durante a semana, o assunto foi amplamente discutido entre os professores. Uma discussão que começou com um post algo polémico no ComRegras, chegou à imprensa e se espraiou pelas redes sociais. Não tendo estado em causa, suponho, a liberdade pedagógica inerente à criação de uma estratégia motivadora para os alunos, a questão colocou-se sobretudo ao nível do estrelato televisivo. Devem os professores expor-se desta forma, a eles e ao seu trabalho, em programas de entretenimento? Discutível, sobretudo quando uma das envolvidas acabou a confessar o seu arrependimento e as pressões a que terá sido sujeita.

Mas… por outro lado, porque não? Estará um professor civicamente diminuído em relação à generalidade dos cidadãos que desta forma se dão a conhecer? Se um ministro, que calhou ser da Educação, pode ir a um programa de entretenimento matinal falar do que não sabe, não fará melhor figura um professor a falar da sua profissão?

Pela minha parte, bato-me há muitos anos por uma maior visibilidade pública da classe docente e por um papel mais influente desta, tanto junto da opinião pública como na definição das políticas educativas. Pelo que só devo congratular-me com o protagonismo dado às colegas, ainda para mais assente no reconhecimento da sua competência profissional.

Contudo, importa estar atento às cedências e compromissos que os quinze minutos de fama televisiva podem implicar. Quer isto dizer que qualquer professor que, sendo convidado nessa qualidade, vá à televisão, deve estar consciente de que, mesmo involuntariamente, está de alguma maneira a representar a sua profissão.

Intervir de uma forma que valorize o nosso trabalho e dignifique a nossa profissão, num ambiente que não é aquele a que estamos habituados, nem sempre é fácil, sobretudo em programas que abusam do tom ligeiro, e às vezes brejeiro, para entreter audiências. Pelo que o desafio é usar com inteligência o meio televisivo, sem se deixar instrumentalizar por ele. Há a considerar que reduzir o trabalho docente à caricatura da sala de aula e à piada fácil, preconceituosa e estereotipada é uma velha tradição do humor à portuguesa. Que vem já do tempo, pelo menos, das Lições do Tonecas

Os “erros” do #EstudoEmCasa

sobreiro-caducaNo meu último artigo, manifestei receio sobre a possibilidade de se “normalizar” a solução improvisada para entreter alunos afastados da escola, a que, impropriamente, chamaram ensino a distância. Em tempo de confinamento drástico, essa solução foi um instrumento para preservar uma actividade mínima de ensino, cumprida com espírito de missão e contornando dificuldades múltiplas. Entretanto, este “ensino a distância”, de emergência, começa agora a ser sugerido como alternativa. Se a ideia colher, revelar-se-á perversa por tender, no limite, a substituir professores de corpo e alma por assistentes digitais, sem sindicatos, sem greves e com enormes vantagens económicas para o empregador, no que toca a custos operacionais.

Para o êxito da coisa terá contribuído a vertente “telescola”, protagonizada por professores do século XXI, aparentemente prosélitos das pedagogias não directivas e opositores das aulas magistrais. Cantam rap, dançam zumba e prestam-se a demonstrar as suas metodologias inovadoras nos programas de Cristina Ferreira e de Manuel Luís Goucha.

Para quem bate palmas, pouco importam a pobreza de muitas abordagens e os erros científicos. Vi uma aula de Português dominada pela leitura soletrada de um PowerPoint medíocre, onde Camões foi apresentado como coisa menor. Numa aula de História, a propósito do Renascimento, o astrónomo Nicolau Copérnico, polaco, foi associado a Itália. A Polónia, cuja origem vem do século X, foi citada como criada após a Primeira Guerra Mundial. A embaixada da Polónia protestou. Numa aula de Ciências Naturais, os transgénicos foram apontados como perigosos para a saúde e foi feita uma referência ao “uso inadequado de hormonas de crescimento nas explorações pecuárias”, quando, na verdade, as hormonas de crescimento estão proibidas para tal fim, no espaço europeu. O biólogo Pedro Fevereiro, presidente do Centro de Informação de Biotecnologia, antigo Bastonário da Ordem dos Biólogos e ex-membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, reagiu publicamente, dizendo que o que foi ensinado está errado, do ponto de vista científico, e constituiu doutrina, que não ciência. Por outro lado, numa outra aula, o sobreiro foi apresentado como árvore de folha caduca, quando é sabido que as folhas do sobreiro não caem no inverno.

Tenho concordado quase sempre, nos últimos tempos, com as análises e pontos de vista de Santana Castilho sobre temas educativos. Não é o caso da crónica semanal que ontem saiu no Público.

Saudei por aqui a ideia das aulas televisivas, implementada em tempo recorde, como resposta educativa mais adequada, durante o confinamento, a determinados públicos escolares, nomeadamente os alunos mais novos e os que não têm computador nem internet. Reconheci o esforço e a boa vontade dos colegas que, podendo estar a bom recato ministrando o seu ensino à distância, aceitaram o desafio da exposição mediática. Mas nunca esperei que as aulas da nova telescola revelassem um modelo perfeito de ensinar ou fossem isentas das pequenas falhas que podem acontecer e, qualquer aula normal. Encarei até o risco de suceder o que frequentemente acontece quando se tenta satisfazer as expectativas de todos, que é não agradar a ninguém.

Olhei por isso com condescendência para pequenas falhas como as que foram apontadas às aulas de História, e que na altura comentei aqui. Fiquei perplexo com aquela aula do primeiro ciclo em que se incluiu o sobreiro na categoria das caducifólias. Foi um erro grave, pois contraria não só o conhecimento científico mas até a experiência comum – alguma vez se viu um sobreiro sem folhas? No entanto, não é algo irremediável: como muito bem nota o Duilio Coelho, professor do primeiro ciclo e companheiro de andanças blogosféricas, o professor titular continua no seu posto para isso mesmo: corrigir o erro e explicar correctamente a matéria que foi mal ensinada.

Já a questão dos OGM não é tão linear como Santana Castilho pretende fazer crer. É um tema controverso, e não é pelo facto de haver uma inclinação crescente da comunidade científica a favor das manipulações genéticas na indústria agro-alimentar que devemos impor, nas aulas de Ciências, consensos que estão longe de ser alcançados.

O uso de transgénicos não se resume a saber se são seguros ou não a curto prazo. Ele envolve decisões que podem alterar de forma irreversível o nosso modelo de economia e sociedade. Implica, por exemplo, decidir se queremos patentear as tecnologias que irão permitir alimentar um mundo do oito ou nove biliões de seres humanos e com menos terra cultivável do que temos actualmente. Se queremos que decisões que podem reduzir a biodiversidade no planeta ou determinar a sobrevivência de milhões de pessoas possam estar dependentes do que gera mais “valor para o accionista”. Se mais dúvidas houvesse, bastaria olharmos as implicações da actual pandemia, cuja origem exacta está ainda por determinar, mas cuja factura já sabemos quem irá pagar: a sociedade, os cidadãos, os contribuintes. Não, decidir usar ou não os OGM não decorre de ciência pura nem tão pouco de “doutrina”: é uma discussão livre e informada que interessa a todos e que, por isso mesmo, deve começar na escola. Sem dogmas nem doutrinas, mas não esquecendo a visão macro do problema e fazendo uso de toda a informação disponível.

Quanto ao uso das hormonas de crescimento no gado, é verdade que ele está proibido pelas regras da UE, mas na aula em causa também não se disse o contrário. Contudo, esse uso é permitido em muitos outros países e nada nos garante que a decisão europeia não venha um dia a ser revogada. E aqui a única força que o pode impedir é uma opinião pública consciente e informada, capaz de se unir a nível europeu para defender uma coisa boa que a integração europeia nos trouxe: regras ambientais e de segurança alimentar mais rigorosas e exigentes do que na maioria dos nossos parceiros comerciais.

Apesar destas discordâncias, há um grito de alerta que SC deixa na sua crónica e que subscrevo inteiramente. O ensino remoto que vamos fazendo por estes dias é um parco remendo e não substitui a escola física nem a presença real de alunos e professores. O nosso brio profissional pode levar-nos a dizer que estamos, nas actuais e difíceis circunstâncias, a fazer o nosso melhor. Mas esse melhor é muito pouco, comparado com o que podemos fazer – e fazemos! – em ensino presencial.

Sob o pretexto das medidas sanitárias e explorando a lógica do medo, o ensino remoto vai, assim, fazendo o seu caminho, ante professores passivos e incapazes de criticarem e combaterem aquilo de que se arrependerão futuramente. A apologia das vantagens do ensino remoto ameaça transformá-lo no modelo pedagógico dominante. Isso, nas condições actuais de menorização social do professor, implica enfraquecer e degradar ainda mais a profissionalidade docente, que é o fundamento anímico para a existência da Escola.

A outra telescola

Chama-se Telensino: Estudar com Autonomia e vem colmatar uma lacuna deixada em aberto pelo #EstudoEmCasa: uma resposta educativa, via TV, dirigida aos alunos do ensino secundário.

Eficientes e sem grandes alaridos, o Governo Regional madeirense e a RTP-Madeira uniram esforços e preencheram as manhãs televisivas do canal regional com aulas de 30 minutos que abrangem quase todas as disciplinas, dos três anos do secundário, sujeitas a exame nacional.

Embora pensadas para os alunos madeirenses, as aulas versam o currículo nacional e podem ser aproveitadas também por alunos e professores de todo o país, uma vez que a RTP-Madeira está disponível na internet e nas plataformas de televisão por cabo.

Tal como já assinalei em relação ao #EstudoEmCasa, também estas aulas passam uma boa imagem da qualidade dos professores portugueses. Comprovam a sua resiliência, capacidade de adaptação e domínio das matérias que leccionam, desmontando a imagem estereotipada de “professores do século XX” que alguns “inimigos da classe” nos vão tentando colar. 

Em complemento, um site sóbrio e bem organizado disponibiliza horários, conteúdos leccionados e materiais de apoio às aulas.

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Professores, líderes de audiências

estudo-em-casa-rtp.jpgA RTP Memória foi “líder de mercado” na segunda-feira entre as 09:00 e as 11:20, com 16,3% de ‘share’, no dia do arranque do #EstudoEmCasa, destinado aos alunos do ensino básico, divulgou hoje a RTP.

Ao SAPO Mag, a RTP avançou que a RTP Memória foi o quarto canal mais visto na segunda-feira, quadruplicando a sua audiência média.

Em comunicado, a RTP refere que no dia em que arrancou o projeto de ensino à distância, “a RTP Memória foi o canal mais visto junto do ‘target’ 04-14 anos, registando 42,3 mil espetadores e uma quota de 14,3%”.

Mais detalhadamente, no ‘target’ 04-14 anos, a faixa horária entre as 08:00 e as 12:00, a RTP Memória registou 37,6% de ‘share’ [quota de mercado], entre as 12:00 e as 15:00 teve 21,8% de ‘share’ e no período das 15:00 e 18:00, a quota de mercado foi de 15,4%.

Produzidas em tempo recorde, as aulas da nova telescola estão a dar nova vida à televisão, um meio de comunicação que as novas gerações já quase tinham abandonado. E basta dar uma volta pelos comentários nas redes sociais para ver como são admirados e elogiados os professores que, de um dia para o outro, aceitaram o enorme desafio de reinventar a profissão e enfrentar as câmaras, para poderem chegar a uma enorme plateia de alunos virtuais.

A verdade é que o seu trabalho, quase sempre invisível ou olhado com preconceito pela opinião que se publica, está agora a merecer uma apreciação muito positiva por parte de quem, por mera curiosidade ou assumindo responsabilidades parentais, espreita as aulas da RTP.

Claro que um olhar clínico – ou cínico! -, sobre as aulas televisivas, não demorará a encontrar defeitos. Uma hesitação aqui, uma frase imprecisa acolá, uma quantidade enorme de matéria despejada a mata-cavalos nalgumas aulas, o natural e perfeitamente justificado nervosismo de quem se vê pela primeira vez metido nestes apertos. Mas é evidente que muito disto também está presente nas aulas reais, feitas por pessoas de carne e osso, que não são nem têm de ser actores, entertainers ou conferencistas. Os professores, mais do que quaisquer outros, deveriam sabê-lo. Curiosamente, são eles os que, aparentemente, se têm mostrado mais críticos da prestação dos colegas. O que, no momento em que a profissão é justamente valorizada e enaltecida, põe em evidência que há uma velha especialidade docente em que continuamos mestres: a de dar tiros nos pés.

O primeiro dia

Queira-se ou não, as atenções de hoje, no mundo educativo português, estarão centradas no regresso da telescola…

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O sítio do #EstudoEmCasa

É neste sítio que a DGE disponibiliza, não só a programação semanal da telescola do século XXI, mas também as fichas de trabalho que servirão aos alunos para trabalhar os conteúdos abordados nas várias disciplinas.

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Da espreitadela que já dei aos materiais da minha área disciplinar, noto as limitações evidentes de um modelo em que se pretende leccionar em simultâneo dois anos de escolaridade.

Seria obviamente fácil criticar, desde o aspecto gráfico a qualidade pedagógica, as fichas apresentadas. Não irei, pelo menos para já, por esse caminho; respeito o trabalho e o esforço dos colegas que, em tempo recorde e em circunstâncias certamente difíceis, gravaram as aulas televisivas e elaboraram as fichas de trabalho que as complementam.

Assim sendo, basta-me apenas sublinhar aquilo que deveria ser evidente desde o início: as aulas à distância, seja pela televisão ou pela internet, serão sempre uma forma limitada e limitativa de promover aprendizagens. E ainda mais se as pensarmos na perspectiva da escola inclusiva pela qual tanto se tem lutado, nem sempre com as melhores intenções, nos últimos anos.

Reviver o passado… na RTP

Antero Valério evoca a Telescola, inspiradora do ensino a distância no século XXI para os deserdados da sorte que não têm computador nem internet.

Na RTP Memória, canal apropriadamente escolhido para o efeito…

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Professores, os últimos a saber

Os primeiros programas do EstudoEmCasa já estão prontos, mas quem quiser saber de que assuntos tratam terá de andar a escarafunchar na página da RTP Memória. Onde apenas encontra, além do horário que já era conhecido, uma vaga descrição do que irá ser abordado em cada sessão.

Quanto aos professores, têm direito à mesma informação prévia que é dada ao vulgar telespectador. Não é tida em consideração a utilidade de lhes permitir um acesso prévio, já nem digo aos programas propriamente ditos, mas pelo menos ao guião, à planificação… Enfim, a algo que permita perceber antecipadamente o que será tratado, permitindo integrar os conteúdos das vídeo-aulas no plano de trabalho dos professores com os seus alunos.

Nem a DGE, que encomendou os programas e sempre se mostrou tão prolixa a produzir – e a exigir! – papelada, encontrou um qualquer manga de alpaca disponível para colocar, no respectivo site, a informação útil e relevante para os profissionais no terreno.

Fica o registo do esforço louvável do Alexandre Henriques, que compilou os parcos dados disponíveis e os fornece de forma clara e organizada no ComRegras.

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