Um apoio de peso e, ao contrário de outros que temos lido e ouvido, expresso sem condicionalismos nem subterfúgios. Os oficiais das Forças Armadas não querem rever-se num formalismo democrático que se esgota na deposição do voto na urna, enquanto a democracia participativa e o governo em nome do povo se tornam palavras vãs, completamente ausentes das práticas governativas.
Tal como os professores, também os militares se vão apercebendo de como uma gentalha medíocre, incompetente e corrupta se vem há muito instalando nos cargos públicos e nas corporações e empresas do regime, construindo a seu favor uma teia de rendas, prebendas e outros privilégios que se sustentam na exploração do trabalho, na degradação das condições de vida e na frustração dos legítimos anseios e expectativas da restante população.
A vossa causa é a nossa causa! – assumem, com toda a clareza e frontalidade, os oficiais. E será, acrescento eu, a causa de muitos mais Portugueses que os professores consigam colocar ao seu lado.
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Apoio de oficiais das FA???
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Sem dúvida que a sociedade começa a acordar da sua longa letargia. Os profissionais do ensino já acordaram, os enfermeiros idem e agora também os oficiais. Estamos sim no bom caminho. Os costinhas que se ponham a pau.
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Confesso que o apoio de oficiais das FA me causa estranheza e desconforto. Deve ser por ter visto e vivido muitos apoios destes em más situações pelo mundo fora, com excepção do 25 de Abril.
Calhando, seria melhor o apoio de outras instituições.
Qualquer dia ainda vemos sair um qualquer Leopard 2 para as ruas. Não será preocupante, talvez, porque temos poucos e vamos enviar 2 para a Ucrânia.
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Percebo o ponto de vista, mas quero ser optimista e pensar, até pela repetida evocação de valores democráticos ao longo do texto, que estes militares serão ainda portadores do espírito do 25 de Abril…
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Vai desculpar-me, A. Duarte, mas não é pela repetida evocação de valores democráticos que me deixo levar por optimismo.
Esta tomada de posição é inenarrável e abre uma janela de oportunidades a forças que podem ter nada a ver com o 25 de Abril ou o seu espírito.
Vou ser o mais clara possível : O PS foi eleito com maioria absoluta. O PS tem gente corrupta, ignorante e intelectualmente rasteira. Mas vivemos em regime democrático. E é nessa certeza que a luta dos professores pode e deve continuar, como a de muitas outras lutas de profissionais. Há formas de o conseguir. Uma semana ou mais de greve geral, por exemplo.
Não quero apoios de forças ou associações militares, assim explicitadas ou não.
Não quero um governo de direita e extrema direita.
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Bom dia,
Acho lamentável lançar este nível de suspeição”Não quero um governo de direita e extrema direita.” sobre quem nos deu a liberdade. Se não fossem as forças armadas ainda vivíamos no Estado Novo. E agora devem calar-se? Não têm o direito de falar?
A ingratidão é o mais feio dos sentimentos, logo seguido da suspeição sem qualquer fundamento, o que configura um preconceito. Não percebo porque associa as FA portuguesas à direita e extrema direita. Porque não as associa à extrema esquerda, se eram de esquerda a maioria dos militares de Abril?
Sossegue que não vai ver leopardos nem tigres na rua. Só leões se ganharem o campeonato.
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O problema, como escrevi, é que pode ser 1 porta ou janela que se abre para algo que não quero – o aproveitamento da coisa, não pelas FA.
Nem ingratidão nem preconceito da parte de alguém cujo pai foi oficial da marinha.
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“… e de Deus…”
Parece uma Associação Divina…
Estamos num Estado Laico e o contexto é uma Escola PÚBLICA LAICA!
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