Confirma-se o que já se esperava: os sindicatos da Fenprof e mais sete organizações sindicais que hoje se reuniram não querem levar os professores a “mergulhar no escuro” nem a enveredar por lutas “radicais” sem objectivo definido, numa altura em que as negociações com o governo se encontram suspensas: apenas em Janeiro está prevista a apresentação de uma proposta concreta do ME sobre o novo regime de concursos e mobilidade docente. Sem nunca citarem o STOP e a greve por este convocada, a plataforma de sindicatos demarca-se, para já, dessa forma de luta.
Fora de todas as lutas ter-se-á já colocado a FNE, que não entra neste acordo e aparenta ter elevadas expectativas na abertura negocial por parte do Governo e na assinatura de mais um “acordo possível” com o ME…
Para o futuro próximo, a Fenprof não pretende suspender as acções de protesto e luta: vigílias, abaixo-assinados, eventualmente um calendário de greves concebido para perturbar a vida escolar penalizando ao mínimo os professores, tudo isto culminando com a manifestação nacional anunciada para Março.
A ideia mais interessante saída desta reunião de direcções sindicais parece ser a do “Dia D”: uma paralisação simultânea em todas as escolas, para que os professores possam reunir, analisando e discutindo as propostas do ministério relativamente aos concursos e as suas próprias reivindicações e anseios, há longo tempo por satisfazer.
Além da manifestação, os sindicatos vão lançar um abaixo-assinado, em que defendem a valorização da profissão e um “regime justo de concursos”, opondo-se a algumas das propostas apresentadas pelo Ministério da Educação nas reuniões negociais anteriores.
O abaixo-assinado será entregue ao ministro João Costa na próxima reunião, que ainda não foi agendada, dependendo da proposta de decreto-lei que a tutela apresentar.
Entre os dias 12 e 15 de dezembro, os sindicatos vão organizar vigílias em todo o país para os professores discutirem e aprovarem moções sobre a revisão do regime de recrutamento e mobilidade.
Ainda sem data definida, no início do segundo período e já com base na proposta do Ministério da Educação, será marcado um “dia D”, com a paralisação das escolas durante a manhã “para refletir e debater” o documento e outras ações de luta.
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O mergulho no escuro vai acontecer. É um mergulho no nosso escurinho. A Fenprof e os outros sindicatos da treta estão a fabricar a vaselina. Aos seus dirigentes não vai doer nada, é certo e sabido. Parabéns aos campeões da luta responsável.
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A mergulhar no escuro é o que têm andado a fazer, por isso chegámos a esta situação de degradação da educação e da carreira. Acabemos com as “negociatas” que já nos prejudicaram demais.
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