Em dia de greve geral da administração pública, haverá por certo boas razões tanto para a ela aderir, demonstrando a actuais e futuros governantes o descontentamento geral que paira entre os trabalhadores do Estado, como para a considerar extemporânea ou irrelevante.
Há no entanto matéria para reflexão nas palavras que Luís Braga publicou, a este respeito, no Facebook: se posso beneficiar com a greve dos outros, porque a hei-de fazer eu?…
Trouxe-me a lembrança daquela colega que, já bem instalada no topo da carreira, desabafava com uma assistente operacional da sua escola: vocês podem bem fazer greve, que o desconto é pequeno, mas a mim tiram-me muito dinheiro por um dia de greve…