“Apesar de qualquer esforço, os dias e meses que se perderam com o ensino presencial foram muito prejudiciais para o desenvolvimento das crianças e do seu processo de aprendizagem”, começou por referir António Costa durante o seu discurso de encerramento no 23º Congresso do PS, em Portimão.
“O ensino profissional tem que ser um de primeira qualidade”, reforça.
À falta de melhores ideias, António Costa engatilha uma vez mais o discurso dos milhões que serão vertidos no sector da Educação. Mas não é sequer preciso ser muito perspicaz para perceber que quando o “investimento” se faz em torno de negociatas de “equipamentos” e “formações”, pouco dinheiro chegará efectivamente às escolas, para ser gasto onde verdadeiramente faz falta: no apoio directo aos alunos “prejudicados” pelo ensino à distância.
Em concreto, continuamos com turmas “normais” de 28 alunos e turmas com alunos que justificam redução a funcionar “em desconformidade”, pois nem as medidas preventivas da pandemia nem as alardeadas necessidades de reforçar o apoio aos alunos justificaram, até agora, qualquer redução do tamanho das turmas. Quanto a professores de apoio, psicólogos, terapeutas e outros profissionais especializados de que as escolas se encontram carentes, o que temos são medidas pontuais e avulsas que vão permitindo uma ou outra contratação temporária aqui ou ali.
Um novo ano lectivo sem novidades, mas com muitas apreensões para quem se preocupa com os seus alunos e o futuro da Educação – eis o que se antevê…
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