O caso sucedeu numa escola secundária espanhola e reúne um conjunto de elementos que se vão tornando habituais na escola do século XXI: pais que querem substituir o dever de educar os filhos pelo direito de mandar na escola, directores tão prepotentes com os seus subordinados como temerosos dos inspectores, professores vulneráveis a pressões, critérios de avaliação e de transição de ano cada vez mais complexos mas que, no final, não interessam para nada, porque qualquer pretexto serve para concluir que a passagem de ano é a medida que melhor serve “os interesses do aluno”. Mesmo que este não tenha ido às aulas e para o passar seja preciso alterar oito classificações.
Claro que a excepcionalidade da pandemia ajuda à festa. Embora por cá não se tenha ainda, julgo eu, chegado ao extremo que aqui é relatado, a verdade é que já faltou mais…
Lá ,como cá
a) A exemplo do que amiúde acontece em Portugal, em Espanha também há directores impreparados, sem nível, que nem para porteiros serviriam ( sem desprimor para estes) .
b) A exemplo do que amiúde acontece em Portugal, os oito professores vergaram , abdicaram da sua honorabilidade, desprezaram a sua dignidade profissional e académica . Suprema humilhação: às mãos de uma “mulherzinha” com o perfil enunciado em a).
c) a mãe fez graves acusações à Escola e ao seu corpo docente. Em sede própria terá (teria) de comprovar a veracidade de tais acusações. De contrário, configuraria um delito de calúnia e ofensa ao bom- nome. Se a Escola não agir, está, implicitamente, a dar-lhe razão. ( segundo consta, por cá também acontece. Impunemente)
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