A crónica semanal de Santana Castilho, assim intitulada, é desta vez dedicada ao plano de recuperação de aprendizagens apresentado, com pompa e circunstância, pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Educação.
Oportunamente, SC nota que os 900 milhões de euros não irão resolver nenhum dos problemas estruturais da Educação portuguesa, nem tão pouco darão resposta efectiva aos danos mais sérios e persistentes causados pela pandemia. Do que aqui se trata é de aproveitar a situação para insistir numa política educativa feita de flexibilidades e facilitismos, de inclusões fictícias e burocracias galopantes. Insistindo-se numa “formação de professores” que será mais do mesmo, feita pelos mesmos de sempre, em vez de se apostar no fundamental: melhorar as condições em que se ensina e aprende nas escolas.
É este o serviço sujo que o ME se prepara para fazer com o pomposo plano de recuperação: substituir as medidas realmente importantes e estruturantes para a recuperação e a melhoria das aprendizagens dos alunos por um programa que é, fundamentalmente, um plano de compra de material informático.
Pois, é isto mesmo.
Quando chegará a altura em que todos estes aspectos mencionados serão inteligente e humildemente tidos em conta?
Quanto mais tempo?
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