Estão em apreciação no Parlamento duas petições em defesa da redução do número de alunos por turma. Uma da iniciativa do STOP, que abrange também outras reivindicações, e a outra de um grupo de professores que tem como primeira peticionária Ana Rita Lagoas Dias.
Instada a pronunciar-se, a Confap desvaloriza a importância da constituição de turmas mais pequenas, quer tendo em conta o contexto da pandemia em que estas iniciaitivas surgem, quer as questões pedagógicas subjacentes a um modelo de ensino diferenciado e personalizado que quase todos defendem, mas que nem sempre existem condições para pôr em prática. A começar pelo factor mais determinante, a atenção individualizada, que só pode ser dada a todos os que precisam se a turma tiver uma dimensão adequada.
Na busca de argumentos para defender o indefensável, e depois de considerarem irrelevante reduzir um ou dois alunos por turma, afirmam, logo a seguir, que turmas mais pequenas iriam obrigar a construir novas escolas ou originar falta de vagas nas escolas de proximidade. E recorrem claro, ao falso argumento, que os estudos sérios que se fazem sobre o assunto e a experiência de milhares de professores refutam diariamente, de que não há correlação entre o tamanho das turmas e o sucesso escolar. Claro que há, e não é pouco, sobretudo em países, como Portugal, onde há um esforço imenso, a fazer nas escolas, para contrariar as carências e desigualdades de base que surgem como factores preditores e determinantes do insucesso escolar.
Fica uma vez mais evidente, e isso deve ser dito claramente, que a CONFAP está muito longe de defender, se é que alguma vez o fez, os verdadeiros interesses dos alunos e das suas famílias. Há uma promiscuidade de interesses entre governantes e confapianos que se exprime nesta constante troca de favores: os pais do regime caucionam as más políticas educativas em troca de tratamento preferencial para a confederação e, quando oportuno, para os seus dirigentes.
Estas más práticas são especialmente evidentes com o PS no poder. Um partido que nunca conseguiu implantar-se no sindicalismo docente, apesar do elevado número de professores tradicionalmente situados na sua área política, vem influenciando fortemente, há anos, a mais conhecida, mas não a única, confederação de associações de pais. Depois de muitos anos de bons serviços, o pai Albino retirou-se para a presidência da Assembleia Municipal de Gaia, cortesia dos eleitores socialistas do município. Será 2021 o ano da ascensão autárquica do seu sucessor?
Sem surpresa. A CONFAP responde a outros interesses que não o dos alunos. Este é apenas mais um indicador que a máquina está bem oleada, para desgraça daqueles que a CONFAP diz proteger, os alunos.
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A CONFAP, dirigida atualmente pelo ascensor e antes pelo saloio do Albino, tem os filhinhos na bolha. Os outros não lhe interessam nada, logo o que defendem é o seu narcisismo e as vantagens de todo o tipo que pode retirar da aliança com o poder político.
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A Confap vive dos subsídios dos governos, não passa de uma correia de transmição do poder. Ladrão conforme o dono manda.
Trabalho meritório faz a Cnipe que defende verdadeiramente a escola e vive das cotizações dos seus associados.
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E quando era importante algum discernimento, vem-nos mais uma vez a Confap com argumentos de merde e de boste.
Merde (francês) e boste ( do verbo bostar) é para rimar com o “impacte” que aparece no texte da Confape.
Impacte usa-se , mas …
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Colocar a redução de alunos por turma, no contexto da pandemia ou fora dela, na fasquia de um ou dois é
das mais admiráveis idiotices que ouvi até hoje. Reduzir o excesso de alunos por turma a uma escala dessa grandeza é gozar com quem trabalha, quer na perspectiva do professor – quando se confronta com a distracção, a indisciplina e as dificuldades inerentes ao processo ensino-aprendizagem – quer na perspectiva do aluno – quando este quer aproveitar a aula mas não o consegue fazer porque a esta descambou para a indisciplina e a brincadeira – e em ambos os casos o número de alunos por turma conta, sempre… e não é de certeza só com a garra do professor que resolvem os problemas.
Como não será jamais com estas confederações fantoches, cujo protagonismo só é visível enquanto lambe-cus das políticas educativas em vigor.
Já agora qual o contributo desta em particular para a melhoria do ensino em geral, qual o seu nível de empenhamento em propor medidas que minimizem a indisciplina e a violência nas escolas? com a co-responsabilização familiar incluída no pacote?
E as perguntas poderiam nunca mais acabar…
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Há uma certa ligação entre as certezas e os contributos da Confap e a cena do filme “When Harry met Sally”, na célebre cena do orgasmo falso.
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