ASPL insiste em rastreio anti-covid nas escolas

A Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) voltou esta quarta-feira a apelar ao Governo para que faça um rastreio efetivo à covid-19 nas escolas e que lhes forneça os instrumentos necessários para o ensino à distância.

Em comunicado, a ASPL adianta que enviou um ofício ao Ministério da Educação a alertar para a necessidade urgente do rastreio efetivo de todos os alunos, professores e pessoal não docente, que continuam a trabalhar nas escolas.

No ofício enviado à tutela, a Associação destaca que algumas escolas se mantêm abertas para acolher os filhos ou dependentes dos profissionais dos serviços essenciais e para dar resposta à necessidade de acolhimento, proteção e alimentação dos alunos carenciados e/ou que se encontram em situações de risco.

As escolas, segundo a ASPL, mantêm-se também abertas porque “o Governo decretou que, nesta pausa às atividades letivas e não letivas presenciais, ‘sempre que necessário, os apoios terapêuticos prestados nos estabelecimentos de educação especial, nas escolas e pelos Centros de Recursos para a Inclusão, bem como o acolhimento nas unidades integradas nos Centros de Apoio à Aprendizagem, para os alunos para quem foram mobilizadas medidas adicionais’ são exceção a esta suspensão, mantendo-se em funcionamento”.

Por isso, no entendimento da ASPL, é preciso testar periodicamente alunos, pessoal docente e não docente que estejam ao serviço, no intuito de acautelar a sua saúde e promover a segurança no local de trabalho.

Mesmo com as escolas teoricamente fechadas, a posição da ASPL é pertinente: elas continuam a ter de acolher alunos em situações de vulnerabilidade, expondo os profissionais que os acompanham aos riscos inerentes.

Além disso, não sabemos por quanto tempo se irá manter a actual situação de confinamento. Embora seja pouco razoável contar com a reabertura a 8 de Fevereiro, sabemos como são fortes as pressões no sentido de que ela ocorra o mais rápido possível, pelo menos para os alunos até ao 6.º ano. E nenhuma preocupação com os professores, obrigados a trabalhar em salas fechadas, sem distanciamento e, no caso do 1.º ciclo e da educação pré-escolar, sem uso de máscara por parte das crianças.

A obrigatoriedade de realização de testes alargados à população escolar antes da reabertura das aulas deveria já constar, aliás, da agenda reivindicativa de todos os sindicatos. Bem como, caso venha a ser decidido um regresso precoce às aulas presenciais, a integração dos professores que tiverem de assegurar esse serviço na segunda fase do plano de vacinação contra a covid-19.

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