Há escolas da Parque Escolar – programa de renovação dos edifícios de escolas públicas lançado em 2007, durante o primeiro Governo de José Sócrates – que têm apenas janelas basculantes, que dificultam o arejamento conveniente das salas de aula.
“Em algumas escolas megalómanas, do tempo de José Sócrates, existem janelas que são basculantes. Só abrem um pouco e não na sua totalidade. E isso pode realmente acontecer nessas escolas. Por isso, poderá haver esse constrangimento. Mas também sei que esse constrangimento é fácil de ultrapassar, porque essas janelas poderão também ser janelas normais de total abertura. Mas claro que terá de haver um custo. É preciso promover o rearranjo dessas janelas”, explicou Filinto Lima. E o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Jorge Ascenção, acrescentou que, nestes casos, é necessário existir atenção redobrada.
Já muito se escreveu sobre os luxos faraónicos e o desvario despesista dos tempos áureos da Parque Escolar. Além do rasto de corrupção e dívida que ainda andamos a pagar, ficou também a factura da falta de eficiência energética dos edifícios, dos elevados custos de manutenção e utilização e, em tempos de pandemia, a ameaça à saúde pública que a falta de arejamento das salas de aula representa.
Modificar as caixilharias, de forma a permitir a abertura total e o arejamento adequado é a resposta óbvia, mas a operação exige tempo e tem custos que não cabem nos depauperados orçamentos escolares.
Restando ainda saber se não haverá algum arquitecto mais marreta que se oponha – e podem fazê-lo! – à desvirtuação do seu projecto…
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