Já muito se discutiu sobre a oportunidade e a importância desta manifestação. Realizada na véspera das eleições legislativas de 6 de Outubro, dentro do chamado período de reflexão, nela não poderão ser veiculadas mensagens destinadas a influenciar o sentido de voto dos cidadãos.
Sendo uma manifestação incómoda para o poder socialista, não há ainda assim razões que possam determinar a proibição. Afinal de contas, manifestar-se livremente em espaços públicos é um direito constitucional que nenhum acto administrativo pode invalidar. E os sindicatos querem concretizar uma acção de luta que estava marcada desde Julho passado e que dá continuidade a uma tradição que se impôs nos últimos anos: assinalar condignamente o 5 de Outubro, não apenas como aniversário da Implantação da República, mas também como Dia Mundial do Professor.
Resta saber o que pensará a classe docente da iniciativa dos seus sindicatos e da importância de marcar presença – ou não – no espaço público a 5 de Outubro. Em nome das reivindicações insatisfeitas e das aspirações eternamente adiadas dos professores.
Foi um sucesso, como seria de esperar.
Os sindicatos, graças ao que se passou o ano passado, tornaram-se irrelevantes. Agora, Nogueira e os seus muchachos esperarão, pacificamente, que chegue o momento da reforma e… é isso.
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Meu caro, entre os defeitos que se possam apontar a Mário Nogueira, e certamente os terá, não me parece que esteja o espírito de resignação.
O que me parece é que se confunde duas coisas: aquilo que uma estratégia sindical inteligente e determinada pode alcançar e aquilo que só se consegue com a luta aguerrida e determinada dos próprios trabalhadores. Sem com isto querer desculpar erros estratégicos dos sindicatos – que na altura aqui assinalei.
E não esquecer outro factor importante, que é a correlação de forças existente entre os dois lados em conflito. A verdade é que demasiados interesses se uniram, a determinado momento, contra a luta dos professores…
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São irrelevantes. Até porque estão pacificamente à espera da….reforma
Agora apetecia-me não um Ferrero Roché, mas dizer-lhe que já é tempo de andar a carregar com o pedragulho colina acima.
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Será que me devo dar ao trabalho de responder a alguém que escreve «pedrAgulho»? Ups! Já respondi.
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E pá, os resultados eleitorais de ontem mostraram que, de facto, a estratégia do PCP e dos seus marretas da FENPROF foi a mais adequada e deu resultados… ou não.
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