Não é pelo valor em si, os 10 ou 12 cêntimos que as escolas cobram, e que deverá reflectir o custo dos caderninhos vendidos pela Editorial do ME.
É mesmo pela questão de princípio: deve pagar-se para trabalhar? O custo dos papelinhos ou, pela mesma ordem de razões, dos diversos sistemas que o Estado e as empresas usam para controlar a assiduidade, deve ser suportado pelos trabalhadores?
Estando as férias do pessoal devidamente registadas nos respectivos mapas, qual o interesse de mais uma papeleta para informar a escola daquilo que ela já sabe: que o professor fulano de tal entra de ao serviço no dia tantos do tal? E se o problema é a verificação das presenças, não existem os livros de ponto, seja em versão física ou electrónica, as folhas de presença nas reuniões e outros registos semelhantes a uso?
Há uma desconsideração e subalternização permanente exercida sobre a classe docente que também é feita destes e doutros pequenos abusos. Desembolsar para “fazer o retorno”, receber pelas deslocações em serviço abaixo dos valores devidos, pagar do seu bolso materiais necessários à actividade profissional: a coberto do custo reduzido e das grandes chatices que seriam necessárias para alterar este estado de coisas, a generalidade dos professores vai compactuando com as prepotências e injustiças que quotidianamente se exercem sobre a classe.
Como quase sempre sucede nestas situações, a acção colectiva, feita de forma coerente e organizada, é o caminho mais eficaz para a defesa efectiva dos direitos dos professores. Sindicatos docentes, estamos à espera de quê?…
14 cêntimos e não são originais, são cópias
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É isso tudo e mais o pagar o cartão da escola ou o das fotocópias quando estão danificados por tanto uso.
Não pago. Não posso fotocopiar, por exemplo? É aborrecido, mas não pago novo cartão.
(Faz-me lembrar a aberração das fardas das forças militares e policiais que têm de ser pagas por esses profissionais)
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Muito bem visto. E há muitos mais nesta senda.
Gosto mesmo do que me saiu da boca quando comecei a ler, “que pouca vergonha”.
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