O ministro perceberá hoje de Educação quase o mesmo que sabia quando entrou para o ministério. Mas as manhas de político medíocre, parece tê-las aprendido todas. E nota-se o incómodo com essa chatice da prestação de contas, um dos deveres mais importantes dos governantes em democracia.
Se a prosa esclarecedora do Fumaça no Twitter apenas confirmou, de Brandão Rodrigues, que continua igual a si próprio, deu-me por outro lado oportunidade para espreitar o trabalho de um projecto jornalístico independente que merece ser apoiado.
Em julho, o Fumaça marcou uma entrevista com o ministro da @Educacao_PT, Tiago Brandão Rodrigues, para analisar a sua ação enquanto membro do governo e questionar as políticas de educação dos últimos 4 anos. Ia acontecer no Festival Paredes de Coura. Mas já não vai.
Foi publicamente anunciada para dia 16 de agosto, no Palco Jazz na Relva, no Festival Paredes de Coura. Infelizmente, há cerca de duas semanas, a entrevista foi cancelada.
O governante está de férias esta semana, em Paredes de Coura. Mas não está disponível para falar sobre as suas decisões e responsabilidades governativas. Mostrou-se, no entanto, favorável a falar sobre outros temas.
Uma conversa sobre o percurso profissional e extrapolítico do ministro, natural de Paredes de Coura, não faria sentido. No Fumaça, temos pouco interesse em narrativas sobre os feitos do “filho da terra”, quando nos propomos a escrutinar quem detém cargos de Poder.
Assim, no mesmo dia e à mesma hora, falaremos com o escritor @valterhugomae, que aceitou falar connosco sobre cultura e política cultural. Apareçam, pelas 17h, dia 16 de agosto (sexta-feira), no Palco Jazz na Relva.
PS: Para que fique claro, a explicação para a recusa da entrevista deveu-se, segundo a assessoria de imprensa do ministro, a um “mal entendido” entre o ministério e a produção do festival sobre o tema da conversa.