O novo amigo dos professores

congresso-fne.jpgFoi hoje, no encerramento do congresso da FNE realizado em Aveiro, que os professores tomaram conhecimento de mais um aliado de peso na sua luta pela recuperação do tempo de serviço.

Carlos Silva, militante socialista e secretário-geral da UGT, é mais um que promete defender radicalmente os direitos dos professores. Não usou as mesmas palavras que empregou há tempos o ministro da Educação, mas a ideia é a mesma: ninguém defende tão bem os professores como o PS. E enquanto os “outros” – leia-se, BE e PCP – nos abandonam, os socialistas estarão sempre ao nosso lado. Resultados é que…

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, desafiou neste domingo o primeiro-ministro a cumprir as expectativas criadas aos professores, no sentido da contagem integral do tempo de carreira, defendendo que o Governo deve fazer investimentos públicos sem tirar dinheiro aos docentes.

“António Costa olha para os trabalhadores, olha para as expectativas e cumpre-as. É isso que se faz em política”, afirmou. O líder da UGT falava em Aveiro, durante o encerramento do 12.º congresso da Federação Nacional da Educação (FNE), que reelegeu João Dias da Silva para mais um mandato de quatro anos.

No seu discurso, Carlos Silva disse que, neste momento, “há um clamor intenso” em Portugal, almejando por um conjunto de expectativas que foram criadas pelo Governo que está em funções, dizendo que “não deixava cair os professores”.

“Onde é que estão aqueles que defenderam que não deixavam cair os professores? Onde é que estão? Esses, porventura, por calendário político-partidário, talvez tenham deixado cair os professores, mas nós não os deixamos cair”, garantiu.

Para Carlos Silva, o Governo deve continuar a fazer investimentos públicos, mas sem tirar dinheiro aos professores. “Eu não sou daqueles que, para não pagarem, iria construir uma estrada. Quando fizerem a estrada de Viseu a Coimbra façam-na, mas façam-na com o dinheiro do Orçamento do Estado e com os impostos que continuam a pesar na carga fiscal de todos os portugueses. Não vão retirá-lo aos professores, às suas carreiras e ao seu futuro”, observou.

O discurso do líder da UGT continuou, contundente, contra a ausência de políticas favoráveis aos professores e aos trabalhadores em geral. Enalteceu a unidade sindical, apelou à participação em novas greves e na “luta de rua” e apoiou a acção em tribunal contra as tentativas do Governo de limitar o direito à greve dos professores.

É, em suma, um jogo já muitas vezes visto entre governantes e apoiantes do partido no poder: o PS-bom defende os professores e exige tudo a que têm direito. Mas o PS-mau, por sinal entrincheirado no Governo, resiste a fazer a vontade aos seus próprios sindicalistas. Uma luta política que instrumentaliza os professores e da qual não é difícil adivinhar quem serão os vencedores e os vencidos…

1 thoughts on “O novo amigo dos professores

  1. Mais um que é profissional do sindicalismo. O XUXIALISTA bom vem deitar areia nos olhos dos pacóvios para não ligarmos aos XUXIALISTAS maus.
    Nem mais um voto nesses traidores . O meu voto vai ser branco ou nulo

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