Falta de material

plinto.gifNo ano passado, estas falhas poderiam justificar-se pela novidade das provas de aferição no 2º ano de escolaridade. Mas agora que a situação se repete, a questão é incontornável: faz sentido avaliar aprendizagens que, por falta de material indispensável, não são efectivamente desenvolvidas no quotidiano escolar?

O material pedagógico faz falta nas escolas durante o ano todo, para poder ser usado pelos alunos, ou apenas é necessário para que se cumpra o guião das provas de aferição?

Avaliar o que não se ensina fará parte das novas competências educacionais do século XXI?…

Com as provas de aferição à porta, há muitas escolas que não têm os equipamentos necessários para a avaliação dos alunos. A partir de dia 2 de Maio, arrancam os exames de Expressões Artísticas e de Expressões Físico-Motoras dos alunos do 2.º ano de escolaridade.

Segundo a imprensa nacional deste domingo, as escolas não têm equipamentos como o plinto ou o espaldar – necessários para Educação Física – e também têm carências de materiais de Expressão Plástica, acabando por pedi-los aos encarregados de educação dos alunos.

As provas de aferição de Expressões Artísticas e de Expressões Físico-Motoras decorrem entre 2 e 10 de Maio. Os alunos do 2.º ano de escolaridade voltarão a ser avaliados a 15 de Junho (a Português e Estudo do Meio) e a 18 de Junho (a Matemática e Estudo do Meio).

2 thoughts on “Falta de material

  1. Se o Ministério da Educação olhasse com olhos de ver para a realidade existente no 1.º ciclo, relativamente às expressões, veria que não faz sentido colocar professores licenciados em ensino da música e educação física a dar AECs a brincar , de forma lúdica, não avaliada… e depois exigir ao professor do 1.º ciclo que dê os conteúdos das várias expressões e avalie os alunos com rigor.
    E que tal a coadjuvação com especialistas nas diversas áreas ou simplesmente acabarem com as AEC e porem professores das diversas áreas a darem essas disciplinas curriculares?
    É Portugal no seu melhor!
    Aos professores que estão no terreno ninguém ouve.
    Quanto ao material em falta, em parte, é consequência daquilo que acabei de escrever.

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  2. Também há o outro lado. Algum do material pedido é disparatado. Uma caixa onde caiba um aluno…

    Também é ridículo deslocar alunos para realizarem a prova. Não há condições para a prática quotidiana, mas tem de haver para que se realize a prova.

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