Os confapos e os confapinhos

estudo-e-telemovel.jpgA banal notícia do DN é uma das muitas que nos últimos tempos esmiúçam o problema dos “chumbos” escolares, ouvindo o secretário de Estado da área, o presidente do CNE, a Fenprof e, como não poderia deixar de ser, o presidente da Confap, que aproveita o ensejo para criticar o trabalho das escolas e lamentar a falta de voto na matéria a que os pais são remetidos. Ora é precisamente ao pai da nação e aos outros pais que por ele se sentem representados que a leitora Ana Martins dirigiu um delicioso comentário que não resisto a reproduzir:

Os confapos só têm que fazer uma coisa: pôr os confapinhos com horário reduzido e sensato de consolas, telemóveis, televisão, pokémon, saídas, enfim tudo o que hoje ocupa em demasia o precioso tempo fora da escola e obrigar os confapinhos a estudar. Em simultâneo, devem os confapos promover junto dos confapinhos actividades que desenvolvam a harmonia física, a sensibilidade, o conhecimento e a cultura.

Notas:
1. Nada de televisão no quarto dos confapinhos.
2. Os confapinhos terão que dar diariamente aos confapos prova de que estudaram, contando o que leram ou explicando os exercícios que fizeram (se disserem que estudaram só que não se lembram de nada, terão que estudar outra vez, porque é o mesmo que não terem estudado).
3. Caso as notas não sejam razoáveis de acordo com as capacidades dos confapinhos, os confapos deverão castigar os ditos confapinhos, decretando jejum de saídas, pokémon, televisão, consolas, novos ténis ou roupinha de marca, enfim tudo o que hoje ocupa o precioso tempo fora da escola.

A autora do comentário […] declara que não tem medo das palavras ‘obrigar’ e ‘castigar’ pois elas significam saber ser responsável pela educação dos confapinhos para que eles venham a ser adultos realizados, responsáveis e independentes do dinheiro e das sopas dos confapos.

Assim me despeço com um “Elementar, meu caro Watson.” para cada um dos confapos. E já agora também para o Senhor Ministro da Educação.

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